Regresso ao futuro
Há uns meses, atingi a assinalável marca dos 50 anos de vida. Ou seja, estou, presentemente, a celebrar meio-século desde que vim, pela primeira vez, ao mundo. Mais do que o número redondo, mais do que esta palavra forte, entristece-me constatar que, nesta última década, pouco ou nada mudou na minha vida. E os dias, esses, vão passando a correr sem darmos conta.
Dou, então, por mim a pensar: tanta coisa que poderia ter acontecido. Tanta coisa que deveria ter feito e não fiz. Tanta coisa que deveria ter aproveitado e não aproveitei. Tantas páginas em branco por preencher...
Confesso que, às vezes, me apetecia viajar numa máquina do tempo. Refazer a minha história. Dar algum ênfase e sentido à minha outra vida. Um pouco à semelhança do que acontece na famigerada saga cinematográfica Regresso ao Futuro, na qual Marty McFly viaja até ao passado a bordo do mítico DeLorean (na foto).
Todavia, também considero que é, justamente, nesta fase da vida, feita de desafios e obstáculos, que teremos de arranjar forças em nós próprios: seguir em frente e ir atrás dos sonhos. Afinal, se eu não gostar de mim, quem gostará?

