As inseparáveis
A vida de duas mulheres cuja amizade está acima de qualquer obstáculo
Esta é daquelas séries em que não se deve julgar o livro pela capa. A mesma está disponível no catálogo da Netflix desde 2021, mas apenas agora me despertou a atenção e curiosidade. E o que posso dizer é que a primeira temporada da série As inseparáveis (Firefly Lane) superou todas as minhas expetativas.
Tal como o nome indica, esta é a história de duas mulheres, Tully Hart (Katherine Heigl) e Kate Mularkey (Sarah Chalke), que, ao longo do tempo, se tornam nas melhores amigas, apoiando-se, mutuamente, nas diversas fases da vida. Ambas partilham um laço inquebrável que as acompanha da adolescência até à meia-idade.
E é, justamente, esta linha temporal intercalada no enredo que torna esta trama tão especial e diferenciada. A ideia passa, precisamente, por retratar a vida destas mulheres durante o período da adolescência, o passado recente e a atualidade. A alternância na narrativa leva-nos, contudo, a perceber o contexto e a dar valor a certas situações que elas enfrentam, tendo como base esta longa relação de amizade. Além disso, a parte final de cada episódio é, invariavelmente, empolgante, na medida em que nos reserva sempre um acontecimento surpreendente.
Tully Hart é uma rapariga que se muda, aos 14 anos, para Firefly Lane, onde acaba por conhecer Kate Mularkey. Tully é uma jovem popular na escola, que tem uma relação atribulada com a mãe, uma mulher hippie com uma mente deturpada pela droga. Já Kate é uma rapariga pacata e introvertida. Elas são, praticamente, vizinhas e acabam por construir uma amizade forte, em meados dos anos 70. Mais tarde, Tully acaba por se tornar apresentadora de televisão, enquanto Kate enfrenta mudanças no trabalho como assistente de uma editora.
As inseparáveis é, no fundo, um drama romântico, intenso, cativante, envolvente, imprevisível, que aborda temas impactantes e que desperta emoções.
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