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A vida num só dia

Um lugar de partilha de histórias, meras opiniões, puras reflexões ou simples desabafos

A vida num só dia

Um lugar de partilha de histórias, meras opiniões, puras reflexões ou simples desabafos

Qui | 10.11.22

O fenómeno Coldplay

Pedro

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Coldplay é, para mim, uma das melhores bandas da atualidade. A legião de fãs é, aliás, enorme e, como tal, quando anunciaram o regresso a Portugal (estiveram cá em 2012), depressa os bilhetes esgotaram. Percebe-se o motivo. Os concertos da banda de Chris Martin têm um conceito diferente, uma atmosfera única e um espetáculo visual inigualável - à base de lasers, pirotecnia e de milhares de pulseiras luminosas, distribuídas ao público, que piscam e mudam de cor ao ritmo das músicas -, inspirado na viagem pelo álbum Music of the Spheres, o mais recente trabalho do grupo britânico.

A verdade é que, durante os concertos, ninguém consegue ficar indiferente ao ambiente de luzes e som criado em redor do palco e deixar de cantar alguns dos êxitos da banda como Fix you, Viva la vida ou A sky full of stars.

Tenho pena de não ir ao concerto dos Coldplay (cujas datas foram anunciadas para 17, 18, 20 e 21 de maio de 2023), mas achei o preço dos ingressos excessivo. Além de que existem outros custos a considerar, como a deslocação, a alimentação ou mesmo o alojamento. E como estamos em tempo de crise... Fico, contudo, satisfeito por ver que a organização tenha decidido fugir à capital e optado pela cidade de Coimbra, descentralizando, assim, a realização deste tipo de eventos. 

Sab | 05.11.22

La Casa de Papel

Este 'thriller' de tirar o fôlego, é a série de sucesso da Netflix

Pedro

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Nota prévia: Se ainda não viu o final da série, por favor não leia. Este 'post' contém spoilers.

La Casa de Papel  é uma das minhas séries preferidas de todos os tempos e, por isso, não poderia deixar de dar a minha opinião sobre a mesma. Notabilizada pela Netflix, esta série de origem espanhola é centrada num grupo de assaltantes - com macacões vermelhos e máscaras de Salvador Dalí -, liderado pelo Professor, que leva a cabo o maior roubo da história: à Casa da Moeda e, mais tarde, ao Banco de Espanha. Trata-se, no fundo, de um thriller policial, recheado de momentos dramáticos e de cortar a respiração. Aliás, num só episódio, sucedem-se tantas peripécias que precisamos de parar um pouco para recuperar o fôlego.

Cada capítulo encerra sempre com uma ocorrência impactante que se torna quase irresistível assistir ao episódio seguinte para saber o desenrolar da intriga. A narrativa não é linear, dado que recorre a cenas do passado (flashbacks), para mostrar o que levou o bando a planear e a colocar em prática o assalto. E a verdade é que tudo isto nos ajuda a entender melhor a história e a motivação de cada personagem. 

Mas como é que estes supostos vilões conseguem, afinal, tornar-se nuns verdadeiros heróis e criar uma empatia natural com o espetador? Comecemos por uma das figuras-chave: o sarcástico Berlim. Ao longo do enredo, tão depressa as atitudes de Berlim nos levam a odiá-lo como a adorá-lo. O mesmo se passa com o mal-amado Palermo. À semelhança de Berlim, Palermo vai ajustando o seu caráter e personalidade às diversas situações, construindo uma personagem controversa e apaixonante. Igualmente polémica é a Inspetora Alicia Sierra, que acaba por desempenhar um papel preponderante no desenlace da série.

E o que dizer do Professor? O irmão de Berlim tem caraterísticas únicas e marcantes (o gesto de ajustar os óculos acabou por ser a sua imagem de marca). Pragmático, inteligente e sempre com uma carta na manga para lançar na altura certa. É impossível não simpatizar com o “cérebro” do gangue.

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As incríveis histórias de amor entre Rio e Tóquio, de Raquel Murillo/Lisboa e o Professor ou de Estocolmo e Denver (com o seu riso peculiar), passando pela fantástica Nairobi (não percebo como uma das principais protagonistas sofreu aquela crueldade...), o simpático "gordo" Helsínquia e os cómicos detestáveis Coronel Tamayo e Arturo Román estão em plano de destaque ao longo da série. A entrada de um novo elenco, casos de Manila, Bogotá e Marselha, a partir da terceira temporada, deu, por outro lado, uma nova alma ao argumento.

Isto é um xeque-mate! Ou ganhamos os dois ou perdemos os dois!

Professor

Por fim, falemos daquela que é a minha personagem favorita. Tóquio teve um final tão triste como inesperado a meio da quinta e última temporada e a pergunta logo se impôs: como é possível que a principal protagonista não seja uma dos sobreviventes do grupo? Difícil de compreender, não é? Neste caso, o criador Álex Pina conseguiu surpreender tudo e todos. Quer se goste ou não.

Existe ainda outro aspeto que não concordei: após a sua morte prematura, Tóquio continua a ser a narradora da trama, pondo termo às especulações que surgiram sobre quem seria a voz escolhida para contar o resto da história. A temporada final contou com mais duas personagens, a Tatiana e o Rafael, ambas com um papel fundamental no desfecho de La Casa de Papel.